Que tempo é esse?
Correria, lágrimas, uma saudade impressionantemente dolorida, muitos acontecimentos, novidades, adaptação (e a falta dela), novos amigos, novos caminhos, novas estradas, novas ruas...
Vizinhos ainda desconhecidos, muito trânsito, muita tensão, metas, sonhos, conquistas e anseios.
De que mais esses 6 meses foram recheados?
De instabilidade, insegurança, vazio e medo.
É, eu me mudei.
Hoje, quando alguém me pergunta, já aqui em Brasília-DF, por que me mudei, um filme passa na minha cabeça...
Na semana em que aqui cheguei, encontrei uma cartinha que enviei aos meus avós, quando tinha 8 anos.
Eu morava em Goiânia, eles em Brasília, e a carta dizia não só sobre a minha saudade, mas sobre a impossibilidade de vir visitá-los: eu tinha que estudar, estava escrito, para chegar aonde eles chegaram e, assim, vir definitivamente para Brasília.
Eis que 16 anos depois, sem nem ao menos lembrar dessa carta, aqui estou eu.
A verdade é que passei boa parte da minha vida dizendo que me mudaria para cá... Coisa de adolescente que passa férias na cidade grande e acha que aquilo ali é tudo que sonhou...
Mas o fato é que eu estive aqui tantas vezes antes que achava que não poderia estar errada a respeito da mudança, mas eu esqueci de considerar os fatos.
Mudar não é fácil e não se trata apenas de uma barreira geográfica. Aliás, a barreira geográfica é a menor que enfrentamos.
Antes vêm as questões sócio-culturais, a adaptação a um ambiente, que pode ser bastante hostil, às novas pessoas, aos novos costumes e, sobretudo, à ausência da família e dos amigos.
Não nego, no entanto, os benefícios que as mudanças também trazem.
É que trabalhar (e batalhar), lutar e conseguir vencer tem lá seu valor...
;)
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
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2 comentários:
Boa sorte querida!
Eu li teu blog há mto tempo. Acho que nunca comentei.
Só queria dizer que é incrivel e eu te admiro muito!
Quero escrever como você, quando eu crescer!
Abraços!
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