Quase todos os dias eu me deparo com alguma coisa bacana.
Diariamente vejo algo que gostaria de guardar, por uma razão ou por outra.
Em geral, eu guardo.
Mas e depois?
Estranho, mas já nem lembro porque guardei aquilo, porque vi e quis trazer comigo.
Por que diabos trouxe?
O que houve?
Quando a gente começa a se perguntar, percebe que houve um atraso e o que era importante, a ponto de ser guardado, passa a ser... Nada. Às vezes nem lembrança.
Então, podemos nos forçar e manter aquilo ali por perto, mesmo sem entender, só para fazer volume e não dar o braço a torcer. Ou podemos, ainda, fazer aquela limpeza, na casa e na alma, deixando passar tudo aquilo que não nos é mais útil, que não nos completa, não nos faz sorrir, não nos constrói sonhos...
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
É verdade, embora pareça letra de música baiana, que o carnaval é sinônimo de extravasar.
E extravasa quem libera do peito todos aqueles sentimentos mantidos num esconderijo qualquer; extravasa quem perdoa um amigo, quem não resiste a uma ligação ou quem deixa aquela coisa boba passar sem briga.
Extravasa quem consegue dar aquele passo à frente, ainda que a bebida tenha dado um empurrãozinho.
E quem se declara, quem chora assumindo uma dor de amor, quem grita e quem vibra por beijar alguém também extravasa; extravasa uma vida que existe dentro de nós, reúne energia e faz 5 dias valer por 1000 em que ficamos calados.
Eu prefiro extravasar. Prefiro morrer de chorar, na frente de tudo e de todos, do que abafar minhas lágrimas no travesseiro; prefiro gritar que amo e gargalhar com meus amigos do que sair por aí distribuindo sorrisos falsos, fracos e distantes.
Prefiro abraços apertados, chorar de rir, cantar músicas sem letra e fazer piadas que só quem também extravasa vai entender.
E eu vou alimentar diariamente essa minha vida extravasada, muito mais humana e com novos amigos.
Vou superar a distância e qualquer ponta de insegurança. Vou fazer os receios desaparecerem, vou engoli-los junto com um gole de cerveja e lembrar que verdades não devem ser vomitadas, devem ser extravasadas, divulgadas, repartidas e aproveitadas – seja carnaval ou não.
E extravasa quem libera do peito todos aqueles sentimentos mantidos num esconderijo qualquer; extravasa quem perdoa um amigo, quem não resiste a uma ligação ou quem deixa aquela coisa boba passar sem briga.
Extravasa quem consegue dar aquele passo à frente, ainda que a bebida tenha dado um empurrãozinho.
E quem se declara, quem chora assumindo uma dor de amor, quem grita e quem vibra por beijar alguém também extravasa; extravasa uma vida que existe dentro de nós, reúne energia e faz 5 dias valer por 1000 em que ficamos calados.
Eu prefiro extravasar. Prefiro morrer de chorar, na frente de tudo e de todos, do que abafar minhas lágrimas no travesseiro; prefiro gritar que amo e gargalhar com meus amigos do que sair por aí distribuindo sorrisos falsos, fracos e distantes.
Prefiro abraços apertados, chorar de rir, cantar músicas sem letra e fazer piadas que só quem também extravasa vai entender.
E eu vou alimentar diariamente essa minha vida extravasada, muito mais humana e com novos amigos.
Vou superar a distância e qualquer ponta de insegurança. Vou fazer os receios desaparecerem, vou engoli-los junto com um gole de cerveja e lembrar que verdades não devem ser vomitadas, devem ser extravasadas, divulgadas, repartidas e aproveitadas – seja carnaval ou não.
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
Seis meses
Que tempo é esse?
Correria, lágrimas, uma saudade impressionantemente dolorida, muitos acontecimentos, novidades, adaptação (e a falta dela), novos amigos, novos caminhos, novas estradas, novas ruas...
Vizinhos ainda desconhecidos, muito trânsito, muita tensão, metas, sonhos, conquistas e anseios.
De que mais esses 6 meses foram recheados?
De instabilidade, insegurança, vazio e medo.
É, eu me mudei.
Hoje, quando alguém me pergunta, já aqui em Brasília-DF, por que me mudei, um filme passa na minha cabeça...
Na semana em que aqui cheguei, encontrei uma cartinha que enviei aos meus avós, quando tinha 8 anos.
Eu morava em Goiânia, eles em Brasília, e a carta dizia não só sobre a minha saudade, mas sobre a impossibilidade de vir visitá-los: eu tinha que estudar, estava escrito, para chegar aonde eles chegaram e, assim, vir definitivamente para Brasília.
Eis que 16 anos depois, sem nem ao menos lembrar dessa carta, aqui estou eu.
A verdade é que passei boa parte da minha vida dizendo que me mudaria para cá... Coisa de adolescente que passa férias na cidade grande e acha que aquilo ali é tudo que sonhou...
Mas o fato é que eu estive aqui tantas vezes antes que achava que não poderia estar errada a respeito da mudança, mas eu esqueci de considerar os fatos.
Mudar não é fácil e não se trata apenas de uma barreira geográfica. Aliás, a barreira geográfica é a menor que enfrentamos.
Antes vêm as questões sócio-culturais, a adaptação a um ambiente, que pode ser bastante hostil, às novas pessoas, aos novos costumes e, sobretudo, à ausência da família e dos amigos.
Não nego, no entanto, os benefícios que as mudanças também trazem.
É que trabalhar (e batalhar), lutar e conseguir vencer tem lá seu valor...
;)
Correria, lágrimas, uma saudade impressionantemente dolorida, muitos acontecimentos, novidades, adaptação (e a falta dela), novos amigos, novos caminhos, novas estradas, novas ruas...
Vizinhos ainda desconhecidos, muito trânsito, muita tensão, metas, sonhos, conquistas e anseios.
De que mais esses 6 meses foram recheados?
De instabilidade, insegurança, vazio e medo.
É, eu me mudei.
Hoje, quando alguém me pergunta, já aqui em Brasília-DF, por que me mudei, um filme passa na minha cabeça...
Na semana em que aqui cheguei, encontrei uma cartinha que enviei aos meus avós, quando tinha 8 anos.
Eu morava em Goiânia, eles em Brasília, e a carta dizia não só sobre a minha saudade, mas sobre a impossibilidade de vir visitá-los: eu tinha que estudar, estava escrito, para chegar aonde eles chegaram e, assim, vir definitivamente para Brasília.
Eis que 16 anos depois, sem nem ao menos lembrar dessa carta, aqui estou eu.
A verdade é que passei boa parte da minha vida dizendo que me mudaria para cá... Coisa de adolescente que passa férias na cidade grande e acha que aquilo ali é tudo que sonhou...
Mas o fato é que eu estive aqui tantas vezes antes que achava que não poderia estar errada a respeito da mudança, mas eu esqueci de considerar os fatos.
Mudar não é fácil e não se trata apenas de uma barreira geográfica. Aliás, a barreira geográfica é a menor que enfrentamos.
Antes vêm as questões sócio-culturais, a adaptação a um ambiente, que pode ser bastante hostil, às novas pessoas, aos novos costumes e, sobretudo, à ausência da família e dos amigos.
Não nego, no entanto, os benefícios que as mudanças também trazem.
É que trabalhar (e batalhar), lutar e conseguir vencer tem lá seu valor...
;)
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