sexta-feira, 23 de maio de 2008

E passa você também

No Windows Media Player, Marisa Monte (Cor de rosa e carvão, verde anil e amarelo).
Na minha mesa, de um lado, o vício, do outro, João Paulo. E muitos papéis, trabalho, uma sensação de “eu não devia estar aqui”...

No Brasil, véspera de feriado é feriado, e o dia seguinte recesso.
O que então, diabos, eu estou fazendo aqui?
Hahaha
Trabalhando, lutando para ganhar mais um cliente... Enfim, lutando para estruturar aquilo que me propus como trabalho e sonho.
A agência é meu sonho, todo mundo sabe. Maaaaas não é disso que vim falar hoje.
Eu vim falar daquelas sensaçãozinha de que as coisas estão, enfim, se ajeitando.

Não, eu não choro mais.
Eu não desejo mais, muito embora, confesso, ainda goste. Mas é um gostar diferente, bom, tranqüilo... Certeza de que este também vai passar.

Eu me lembro, agora, de um trecho da Tati Bernardi: nunca passa, mas quase passa todos os dias.
Na verdade, parece piegas, mas tudo sempre passa, ainda que, até lá, nos mate aquela sensação de “esse é para sempre
Eu achava que ia morrer sem ele, que nada faria sentido e que jamais eu encontraria outra pessoa.
Agora eu penso: o que? Eu pensei que aquilo era suficiente pra mim???
Ora, faça-me o favor!
Eu sei que há pessoas, lugares, coisas e situações que são “muito legais e importantes eternamente”, mas, no fim das contas, ele não fazia parte desse hall e nunca fará!
Tenho resumido-o à sua insignificância para mim. Assim mesmo, como sempre deveria ter sido.

Ok. É difícil pensar assim sem me sentir malvada, mas é verdade.
Ainda lembro-me das ligações e das promessas como quem pensa “poxa, não precisava tanta ilusão” ou “não era para ter sido assim”. Mas foi e agora... Passou.
Às vezes, eu odeio minha boa memória que não apaga certas coisas nunca!
Isso dificulta demais...Talvez seja bom para lembrar que nem tudo foi em vão ou que eu não estava tão errada assim, mas, quer saber? Chega. Cansei.
Cansei de ver que todos meus sonhos e planos foram destruídos... Ou mesmo a sensação de terem sido destruídos, porque, na verdade, eu continuo a mesma, logo meus sonhos também.
Hoje eu quero paz para dormir. Só isso.
Quero não ficar revirando na cama imaginando o que foi ou o que poderia ter sido. Muito menos quero, a essa altura do campeonato, imaginar como está sendo para ele.
Não espero que esteja sendo difícil, só espero não esperar nada.
Como quando a primeira vez que nos vimos.

Seria ótimo voltar no tempo, não para fazer diferente, mas para não fazer nada.



“Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias.” (Tati Bernardi)

Um comentário:

Cassio Cons disse...

Todos juntos agora, levantem as mãos pro céu e gritem "Aleluia Irmãos"!

=D