sexta-feira, 18 de abril de 2008

E-mails

"Eu devo ser uma besta mesmo.
Aonde ja se viu uma publicitária que se vende a comerciais (nem tão) baratos (assim)?!
Como aceitar uma publicitária que levanta do sofá direto para uma loja, mesmo reconhecendo todos os truques de persuasão utilizados; ou, o que é pior (mas acontece), mesmo tendo repudiado a propaganda em questão?
Nãããão, não posso mais fazer isso!
Eu não posso usar Colgate Total 12 por que 1 a cada 12 dentistas fresquinhos recomendam na televisão; não posso usar Sensodine para poder tomar café sem gelo (que tosco!) como a Caroline Dieckman... Isso tudo é tão vergonhoso!!!!
Tudo bem que depois eu penso: e daí? Ninguém está se importando se eu comprei Activia doida para que não funcionasse (assim a Danone devolveria meu dinheiro)! Muito menos se importam se eu odiei a propaganda 'Que caminhão é esse?', afinal eu estou ansiosa pra saber qual foi a empresa idiota que teve a coragem de jogar isso no ar gastando milhares de reais... Até por que, digamos assim, o objetivo deles (de despertar interesse e curiosidade) já funcionou, néam?! Eu já entrei no site para conferir mais de perto a tosquice, bem como comentei por aí que odiei a propaganda e, de repente, contribuí infinitamente para o tal do marketing viral!
Ai. Que vergonha.


Mas, bem, eu não vim criticar o caminhão; eu vim dizer que de tanto me vender a propagandas, de repente, relendo os e-mails que costumávamos trocar eu soltei uma frase em voz alta: esplendorosa tacada, Venceslau! (by Skol)
Como é que eu conseguia ser tão, tããão... Tão 'bunitinha' e singela nos 'i-meils"!!!
Eu nem me lembrava de algum dia ter escrito daquela maneira (fiquei orgulhosa de mim, na hora, mas depois fiquei com vergonha por ter desaprendido tudo. rs)!
E você, hein?! Toda vez que escrevia *muda de assunto* conseguia fazer com que eu passe semanas inteiras pensando na mesma coisa. Aliás, você conseguiu reacender o mesmo interesse hoje, quando tanto tempo depois. eu li... E mudar de assunto que é bom? Nem pensar!

Você tinha um jeito bem velado de me entorpecer.... Mas desde quando paixonites virtuais são ilícitas, néam?! Você fez o que fez e saiu ileso. E sairia hoje também.
Quer saber? "Tu devias" pensar em fazer publicidade e propaganda, sabe? Você daria um ótimo professor de marketing ou coisa e tal; ensinaria técnicas infalíveis de persuasão e todos seus alunos seriam capazes de prender a atenção do target como um passo de mágica; sem fazer de nós meros alvos (eu odeio quem trata target como público-alvo e fica atirando 464799314656913258 mensagens publicitárias, como se fôssemos capazes de absorver uma que seja!).

O fato é que a propaganda brasileira só agora está passando uma transição...
Atualmente, nossa mensagem publicitária é baseada em interrupção. Isto é, estamos na sala de TV, sentadinhos, assistindo a nossa querida novelinha... Imagine só, você está lá vendo a Branca usar o cartão corporativo como nossos políticos e querendo levar pra casa só uma pizzazinha; além disso, noutro núcleo, está a Sílvia querendo matar o filho da Maria Paula e do Marcone Ferraço quando... Surpresa! São os reclames do plim plim!
=)
Que adorável, não?! Ser interrompido justo quando o Bial ia dizer quem foi eliminado no paredão??
rs
Eu sei. É horrível e a propaganda brasileira, diante das evoluções trazidas pela TV digital, está só começando a mudar.
Continuamos com as interrupções, mas, de repente, percebemos que para sermos compreendidos, para que haja uma fixação da mensagem publicitária, precisamos contornar cerca de 5.000 outras mensagens publicitárias que bombardearam nosso público-alvo (aqui somos "público-alvo") só no mesmo dia...
E de que forma faremos isso?
Entretendo o target (viu como já mudamos para target?). Ao invés de só informar, envolver, conquistar, emocionar, fazer rir, levar alegria e entretenimento também nas inserções comerciais, ao invés de deixar isso só a cargo das novelas e BBB´s da vida!
Bem, mas por que eu disse isso tudo?
(Hehehe)
Para lhe provar seu dom de publicitário até agora não descoberto! rs
De repente, me dei conta de que eu aprendi tudo isso no último ano e você já agia assim desde 2005, quando começamos a nos comunicar via 'i-meils'!!!!
Era por isso que não passava um só dia sem que eu não me lembrasse de você e ficasse mentalmente bolando planos infalíveis (no maior estilo "Cebolinha" de ser) para ir até o sul e te agarrar pela gola da camisa dizendo: agora repete tudo que me disse por 'i-meil', tim-tim-por-tim-tim! Ah, sim! E dê ênfase no sonho em que você me agarra e me dá um beijo, ok?





Há!
Vai dizer que por essa você esperava, hein, gauchinho?!



Saudades de estar mais perto... =***"

Um comentário:

Cassio Cons disse...

Semanticamente o target pareceu bem mais interessante que o público-alvo... Mas lingüisticamente ainda prefiro o público-alvo =)

Daqui a pouco vou querer responder (mesmo não tendo nada a ver com a conversa de vocês, mas já que tu tornaste pública, por que não?) com alusão ao meu curso também, pareceu divertido.

Mas já dizia um velho deitado: "Cada Luisa com o seu gaúcho", néam?