sábado, 16 de agosto de 2008

Despedida

Você foi embora sem me pedir e me deixou sem que eu quisesse.
Nunca fomos assim. Jamais fizemos algo que um e outro não concordassem... Agora você vai, dizendo que não volta, e sai pela porta que eu deixei destrancada para não lhe acordar.
Feche a porta ao sair. Acenda meu cigarro e cante sozinho pela estrada que já passamos juntos.
É isso mesmo que você quer?

Somos diferentes e às vezes é difícil encontrar uma variável comum que nos adapte em tempo e espaço, mas não consigo aceitar essa distância permanente.
Se você prometer que vai me ligar, me encontrar e tudo será como antes, eu prometo não lhe deixar acordado.
Eu vou, e durmo com você, do jeito que você sempre quer, pra sempre.
A gente vai dormir e acordar, mas você estará ali comigo.

Eu não posso aceitar que você não me ligue mais dizendo “oi, linda! Cheguei”, tão pouco não quero mais não sair correndo pro seus braços.
Conte a verdade. Faça mágica. Ache aquele adendo do contrato em que diz que o contratado deve, obrigatoriamente, voltar a esta cidade - regularmente. Aposto que em letras miúdas você também vai encontrar algo dizendo que deve ficar sempre ao meu lado...
E não o meu lado quilômetros daqui!
Volte. Venha correndo. Quero ficar com você, quero lhe acompanhar.
Faça a curva ali onde programou na última viagem, e eu lhe encontro no caminho.
Voltaremos juntos, do jeito que você quiser.

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