quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Historinha do final de semana

Da primeira vez, ele me agüentou conversando uma madrugada inteira. Já me encontrou após uma balada - muita agitação e muita cerveja.
No dia seguinte, me buscou em casa. Foi pontual. Desceu do carro, cumprimentou meu pai, que estava na porta, e me levou onde eu queria.
Passamos o dia juntos. Sorrindo (e só rindo). Brincando.
Conversamos sobre tudo. Tolerou meu cigarro.
Depois do primeiro programa do dia, continuamos juntos. Fomos ao shopping, comemos.
Eu podia ter ido embora com ele e ver o que ia dar. Mas não, preferi me despedir ali, meio sem jeito, querendo forçadamente mostrar que estava grata, que o dia tinha sito excelente.
Fui ao cinema sozinha, assisti Austrália e me perguntei depois por que estava ali.

Eu já não era aquela de quando nos conhecemos, no Reveillon, que queria tanto, quase desesperadamente.
No fundo, me incomodavam seus comentários; confundiam-me. Eu queria saber quem ele era e não conseguia, porque, se mostrava uma hora que era um completo gentleman, na hora seguinte era o cafajeste que preferia as bundudas e magrinhas a uma com mais conteúdo.
E eu era, naquele momento, a com mais conteúdo perto dele.
Tentei mostrar. Conversamos sobre tudo, falamos de nossas vidas, discutimos alguma coisa que agora já não me lembro, mas era tão interessante quanto a crise mundial.
O fato é que, agora, se ele prefere as bundudas e siliconadas, aquelas pseudo naturebas, cheias de dicas de alimentação e academia, eu prefiro os que me deixam mais livres e me reconhecem (e aceitam) como eu sou.

Moral da história: dizem que mulher nunca está satisfeita, mas é por que os homens só fazem a parte deles quando conseguem nos mudar. Aí ficamos insatisfeitas não com eles, mas com quem somos perto deles.
Melhor é ficar sozinha.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Novos fatos (ou velhos, como preferirem)

Não, eu não tinha expectativas.
Talvez não precisasse mesmo, mas ainda assim devo confessar que foi inevitável uma sensação de “e agora, Bial?” quando vi que eu tinha me formado, as férias tinham chegado ao fim e todo mundo ao meu redor retomava, de alguma maneira, sua rotina... E eu fiquei naquele ‘vazio’.
Um meio vácuo... Uma liquidez e um não saber como.
Como prosseguir. Como continuar e dar início a um novo estágio. Como agir.

Eu deixei de ser universitária sem querer crescer. Sem querer mais responsabilidades, porque não tinha certeza do que queria da vida.
Aliás, a essa altura do campeonato, queria mesmo é que a vida fosse um jogo, daqueles que uma carta nos indica o próximo passo, seja ele ruim ou não.

Eu não entendo como posso ser tão decidida para algumas coisas e tão confusa e amadora para outras...
Simplesmente não sei o que fazer agora.
Tenho 23 anos, um bolso meio vazio, inúmeros planos que não chegam a ser planos, mas sonhos/ilusões e um medo terrível de não dar certo na vida.
Aos 13 eu pensava isso, aos 23 continuo com a mesma idéia, o mesmo temor: será que vou dar certo? Será que vou viver bem?

Fácil é dizer que eu devo fazer uma pós-graduação, de repente um mestrado, continuar estudando, pesquisando e ir galgando posições cada vez maiores dentro da empresa para qual eu trabalho.
Mas, vamos lá, aos 23 também sou “senhora do meu nariz profissional”, porque aos 21 eu resolvi começar uma agência e, no início, não tinha grandes pretensões, mas agora eu acho que se ela não me der muita grana e um trabalho gratificante, terei falhado em tudo que fiz até aqui.

Talvez eu esteja certa de pensar assim, talvez não.
Mas é o que eu sinto.
E eu não quero falhar!
Não sei se suportaria ver, daqui a 3 ou 5 anos, que não valeu a pena, ou valeu, mas não da forma como eu esperava.

Fato: eu me formei, virei mais um ano e a insegurança só aumentou.
Penso que não deveria ser assim.










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